Ferramentas de IA Deslizam: Um Terço das Respostas Não Tem Base Sólida

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As ferramentas de inteligência artificial (IA), como o GPT-4.5 da OpenAI e o Perplexity, estão a dar respostas enviesadas e sem fundamentos sólidos em cerca de um terço dos casos, segundo um estudo da Salesforce AI Research. Publicado a 16 de setembro de 2025 por Chris Stokel-Walker na New Scientist, o artigo revela que essas ferramentas, incluindo motores de busca e agentes de pesquisa profunda, frequentemente falham em apoiar as suas afirmações com fontes confiáveis. Este texto, adaptado ao público português que vibra com tecnologia na Comic Con Portugal ou na MEO XL Games, mergulha nos detalhes do estudo, explora os riscos e reflete sobre o impacto, com um tom leve e envolvente.

Respostas Sem Provas

O estudo, liderado por Pranav Narayanan Venkit, testou ferramentas como GPT-4.5, GPT-5, You.com, Perplexity e Bing Chat, além de agentes de pesquisa profunda, como o Deep Research do GPT-5 e o Think Deeper do Bing. A análise, detalhada na New Scientist, examinou 500 perguntas controversas – de temas políticos a científicos – e descobriu que 33% das respostas continham afirmações não suportadas por fontes confiáveis. O GPT-4.5 foi o pior, com 47% de respostas sem fundamento, enquanto o Perplexity e o You.com ficaram na faixa dos 30-35%, segundo dados da arXiv (2025). Em questões sensíveis, como mudanças climáticas ou políticas públicas, as respostas tendiam a ser enviesadas, favorecendo uma perspetiva sem citar evidências sólidas. Ferramentas IA

O problema está nas fontes. Muitas vezes, as ferramentas citam sites de baixa credibilidade, como blogues pessoais ou páginas comerciais, em vez de estudos académicos ou relatórios verificados. Um caso citado no estudo: ao perguntar sobre a eficácia de vacinas, o Bing Chat referiu um artigo de opinião sem dados científicos, enquanto o Gemini omitiu estudos relevantes. Isso levanta preocupações, especialmente para quem confia nestas ferramentas para decisões importantes, como estudantes ou profissionais em Portugal.

Porquê o Deslize?

As ferramentas de IA gerativa, como explica a Wired (2025), são treinadas em vastos conjuntos de dados da internet, que incluem tanto informação fiável como lixo digital. Quando confrontadas com perguntas complexas, muitas vezes “inventam” respostas plausíveis, mas sem base, um fenómeno conhecido como hallucination. O GPT-5, por exemplo, melhorou com o seu recurso de Deep Research, mas ainda assim falha em 28% dos casos, segundo o estudo. A falta de transparência nas fontes agrava o problema: o Perplexity cita links, mas nem sempre são relevantes, enquanto o Bing Chat mistura respostas com anúncios, confundindo os utilizadores. Ferramentas IA

Impacto em Portugal

Para os portugueses, que adoram inovações como o Samsung Galaxy S25 (799€) ou o Apple Vision Pro (3.499€), estas falhas são um alerta. Na MEO XL Games, onde a IA é celebrada, confiar cegamente em ferramentas como o Grok 4 Fast (grátis no OpenRouter) ou o Perplexity pode levar a erros em projetos criativos ou académicos. Por exemplo, um cosplayer na Comic Con Portugal a usar IA para pesquisar materiais pode receber sugestões incorretas se as fontes não forem verificadas. O estudo recomenda sempre cruzar informações com bases de dados confiáveis, como a PubMed ou relatórios governamentais.

O Caminho a Seguir

A Salesforce sugere que as empresas de IA invistam em modelos mais robustos e filtros de qualidade para fontes. A OpenAI, por exemplo, está a testar um sistema de validação cruzada no GPT-5, enquanto a Google planeia integrar o Gemini com bases académicas. Mas, por agora, o utilizador precisa de ser o próprio filtro. Para os portugueses, que navegam num mundo de gadgets e IA, a lição é clara: a tecnologia é poderosa, mas exige um olhar crítico. Da próxima vez que usares uma ferramenta de IA, verifica as fontes – ou podes acabar a dançar com respostas que não têm ritmo!

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Sou jornalista especializada em ciência e tecnologia, com foco em inovações digitais, internet das coisas e tendências do mundo IT. Acompanho de perto a forma como a tecnologia transforma o nosso quotidiano — desde novas descobertas científicas até soluções práticas que já fazem parte da nossa rotina. Nesta rubrica partilho notícias, análises e reflexões que unem rigor jornalístico e uma linguagem acessível, ajudando a compreender o presente e a preparar-se para o futuro.
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