Um fenómeno fascinante está a captar a atenção dos astrónomos: o cometa interestelar 3I/ATLAS, vindo de outro sistema estelar, exibe um colossal jato de gás e poeira apontado diretamente para o Sol. Embora impressionante, este comportamento é típico de cometas, mas revela detalhes únicos sobre este viajante cósmico. Queres saber mais sobre esta descoberta e o que ela nos ensina sobre o universo? Descobre os detalhes do cometa 3I/ATLAS e o que os cientistas esperam observar nos próximos meses!
Um cometa interestelar único
Descoberto no final de junho e com sua trajetória confirmada pela NASA em julho, o 3I/ATLAS é o terceiro objeto interestelar já identificado. Com um tamanho estimado entre 5 e 11 quilómetros de diâmetro, é o maior objeto interestelar que cruzou o nosso sistema solar, possivelmente mais antigo que o próprio Sol. A sua origem misteriosa e a sua trajetória de alta velocidade tornam-no um alvo de estudo intenso.

O jato que aponta para o Sol
Imagens recentes do Telescópio Gemini de Dois Metros, revelaram um jato massivo de gás e poeira expelido pelo cometa 3I/ATLAS, direcionado diretamente para o Sol. Este fenómeno, captado através de 159 exposições, é um comportamento esperado para cometas. Quando se aproximam de uma estrela, o calor faz com que o lado voltado para o Sol aqueça mais rapidamente. Se a superfície for frágil, os gases sublimados (que passam de sólido a gasoso) escapam como um géiser, lançando material a milhares de quilómetros.
A rotação do núcleo do cometa dá ao jato uma forma de leque, visível nas imagens. Este fenómeno não é novo – o cometa NEOWISE, por exemplo, exibiu jatos semelhantes após passar pelo Sol em 2020, segundo o Telescópio Espacial Hubble. No caso do 3I/ATLAS, o jato reforça que é um cometa típico, apesar da sua origem interestelar, afastando especulações mais exóticas sobre a sua natureza.
O que forma o jato e a cauda?
O jato, que pode estender-se por cerca de 10.000 quilómetros, é composto principalmente por poeira e dióxido de carbono, conforme dados do Telescópio Espacial James Webb obtidos em agosto. Parte do material do jato integra a coma, a nuvem brilhante que envolve o núcleo, enquanto o resto é empurrado pelo vento solar, formando a icónica cauda do cometa. Este processo é um espetáculo cósmico que revela como os cometas interagem com o ambiente estelar.

O que vem a seguir para o 3I/ATLAS?
O cometa passou perto de Marte a 3 de outubro e aproxima-se do seu ponto mais próximo do Sol (periélio) a 29 de outubro. Atualmente, está do outro lado do Sol, tornando-se invisível da Terra até meados de novembro. Quando reaparecer, os cientistas terão uma oportunidade única de observar como o calor solar afetou o cometa, analisando mudanças no seu jato e cauda. Estas observações podem revelar mais sobre a composição e a história deste viajante interestelar.
Por que esta descoberta importa?
O jato do 3I/ATLAS não é apenas um espetáculo visual – ele oferece pistas sobre a formação e evolução de cometas, que são cápsulas do tempo do universo. Estudar este objeto interestelar ajuda a entender os processos que moldaram sistemas estelares distantes, possivelmente há milhares de milhões de anos. Além disso, reforça a ideia de que os cometas, mesmo os vindos de outros sistemas, seguem padrões universais ao interagir com estrelas como o Sol.
Um espetáculo cósmico em curso!
O cometa 3I/ATLAS continua a surpreender com o seu jato gigante, apontando para o Sol como um farol cósmico. À medida que se aproxima do periélio, os astrónomos aguardam ansiosamente novos dados. Já imaginaste como seria ver este cometa no céu? Partilha nos comentários e junta-te à fascinação por esta descoberta com cometa 3I/ATLAS!


