Homens Sentem a Gripe Mais Intensamente que Mulheres? A Verdade por Trás do Mito

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O estereótipo de que homens sofrem mais com gripes, sentindo-se à beira da morte com uma febre de 37,5°C, enquanto mulheres seguem a rotina normalmente, é comum e rende piadas. O termo “man cold” ironiza essa ideia, sugerindo que homens exageram sintomas, precisando de mimos para enfrentar um resfriado. Mas há evidências científicas para isso? Estudos conflitantes e fatores como percepção, hormônios e papéis sociais tornam a questão complexa. Vamos explorar o que a ciência diz sobre como homens e mulheres lidam com gripes, os fatores por trás das diferenças e se o “man cold” é real ou apenas um mito cultural.

Homens Sentem a Gripe Mais Intensamente que Mulheres? A Verdade por Trás do Mito

O Que Dizem os Estudos

Um experimento antigo infectou 1.700 voluntários com um vírus de resfriado e pediu que avaliassem a gravidade dos sintomas em uma escala de 1 a 10. Médicos também mediram sinais objetivos, como febre e secreção nasal. Resultados mostraram que 19,9% dos homens superestimaram a gravidade dos sintomas, contra 14,2% das mulheres, sugerindo que homens podem perceber a doença como pior. No entanto, o estudo, com mais de 20 anos, é limitado e não reflete avanços recentes.

Por outro lado, uma pesquisa mais recente com 2.700 pessoas em 14 cidades revelou que 74,7% das mulheres relataram desconforto com resfriados, contra 66,5% dos homens. Mulheres também usavam mais remédios para febre, dor de garganta ou nariz entupido, além de métodos caseiros, como chá com mel. Homens, curiosamente, recorriam mais a álcool (18,9% contra 8,6%), prática sem comprovação médica para aliviar sintomas. Esses dados desafiam o estereótipo, sugerindo que mulheres podem sentir ou reportar mais os efeitos da gripe.

Por que as Diferenças?

Vários fatores explicam as percepções distintas:

  • Sensibilidade emocional: Mulheres tendem a ser mais atentas ao estado físico e emocional, o que pode amplificar a percepção dos sintomas.
  • Carga doméstica: Mulheres frequentemente conciliam tarefas de casa e cuidados com filhos, dificultando o repouso durante a doença, o que pode intensificar o desconforto.
  • Normas sociais: Expectativas culturais desencorajam homens de expressar vulnerabilidade, enquanto mulheres são incentivadas a comunicar desconforto.
  • Resposta imunológica: Hormônios sexuais influenciam o sistema imunológico. Mulheres em idade reprodutiva têm resposta imune mais forte, com maior atividade de linfócitos B e T, que combatem patógenos. Isso pode gerar inflamações intensas, causando mais sintomas, como febre ou dor. Em contrapartida, essa resposta robusta pode acelerar a recuperação, mas não sem desconforto inicial.

Um estudo menor sugeriu que mulheres apresentam mais sintomas durante a gripe, mas a avaliação subjetiva dos participantes limitou a objetividade. A ciência ainda carece de dados robustos para conclusões definitivas.

Homens Sentem a Gripe Mais Intensamente que Mulheres? A Verdade por Trás do Mito

O Papel da Percepção Individual

A forma como cada pessoa enfrenta a gripe varia mais pelo caráter, hábitos e contexto do que pelo gênero. Algumas pessoas, independentemente de serem homens ou mulheres, suportam gripes intensas sem pausar a rotina, enquanto outras buscam repouso ao menor sinal. Fatores como estresse, saúde geral e até apoio familiar influenciam mais que diferenças biológicas. Em 2025, pesquisas indicam que 60% das pessoas com alta resiliência emocional lidam melhor com sintomas, independentemente do sexo.

O “Man Cold” é Real?

Com apenas dois estudos conflitantes, é impossível afirmar que homens sofrem mais com gripes. A percepção dos sintomas depende de fatores subjetivos, e questionários, usados em ambas as pesquisas, não capturam a realidade objetiva. O “man cold” parece mais um mito cultural, amplificado por piadas que ressoam com experiências isoladas. Em 2025, 70% das pessoas veem o termo como humor, não ciência. O comportamento durante a doença reflete mais a personalidade e o contexto de cada um do que uma regra de gênero.

Você já notou diferenças na forma como lida com gripes?

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Sou jornalista e adoro transformar pequenas descobertas do dia a dia em artigos práticos e inspiradores. Viajar, cuidar do jardim e experimentar novas ideias para a casa são as minhas maiores paixões. Neste blog partilho truques, conselhos e curiosidades que ajudam a viver de forma mais simples, organizada e feliz.
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