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É verdade que as orelhas crescem a vida toda? Sim, e a culpa é só da gravidade

É verdade que as orelhas crescem a vida toda? Sim, e a culpa é só da gravidade

O mito que afinal é 100 % ciência. Depois dos 20-25 anos o esqueleto para de aumentar de vez, mas as orelhas e o nariz continuam a ficar maiores até ao último dia de vida. Não é crescimento de células novas como acontece na adolescência, é apenas cedência lenta e constante dos tecidos sob o efeito da gravidade.

Como a orelha é feita e por que “descai”

A orelha é composta quase inteiramente por cartilagem coberta por uma camada fina de pele. A cartilagem é um tecido elástico, firme e cheio de colagénio e elastina quando somos jovens. Com as décadas vai perdendo progressivamente essas proteínas, fica mole, menos resistente e menos capaz de aguentar o próprio peso. A pele que a cobre também perde espessura, colagénio e elasticidade. A simples gravidade, que atua 24 horas por dia, puxa tudo para baixo e para os lados, milímetro a milímetro, ano após ano. O lóbulo cresce ainda mais porque não tem cartilagem rígida, só pele e gordura, o que facilita a deformação.

Quanto crescem de verdade ao longo da vida

Estudos longitudinais que acompanharam milhares de pessoas durante décadas chegaram a números concretos: o comprimento médio da orelha aumenta cerca de 0,22 mm por ano. Em 50 anos são mais 11 mm (mais de 1 cm). Em 70-80 anos pode chegar a 15-20 mm extras, quase 2 cm. A largura também aumenta, embora menos. A parte superior da concha e o lóbulo são as zonas que mais se notam; o trago, aquele pequeno “bico” à frente do canal auditivo, praticamente não mexe.

A fórmula que adivinha a idade pela orelha

Uma equação científica bastante precisa diz: idade ≈ 1,96 × (comprimento em mm − 88,1) Exemplos reais: orelha de 65 mm indica cerca de 50 anos, orelha de 72 mm cerca de 65 anos, orelha de 80 mm cerca de 80 anos. Funciona assustadoramente bem depois dos 30-35 anos e é usada até em identificação forense.

É verdade que as orelhas crescem a vida toda? Sim, e a culpa é só da gravidade

O nariz segue exatamente o mesmo caminho

A cartilagem nasal perde firmeza da mesma forma, a ponta desce, o dorso alarga e parece mais comprido. Num rosto que vai perdendo gordura subcutânea e músculo, ficando mais seco, enrugado e com menos volume, nariz e orelhas ganham ainda mais destaque. É um contraste ótico que faz parecer que cresceram muito mais do que realmente cresceram.

Isto prejudica a audição?

Não. A orelha externa é apenas uma antena que recolhe som e o dirige para dentro. O verdadeiro processamento acontece no ouvido médio e interno. Orelhas maiores até podem ajudar um pouco a captar sons laterais e de trás, sobretudo vozes agudas ou ambientes ruidosos.

Dá para parar este processo?

Não existe forma natural. Não é crescimento celular ativo, é cedência física dos tecidos. Cremes, colagénio oral, exercícios faciais ou suplementos não revertem. A única solução permanente é cirurgia plástica (otoplastia para orelhas, rinoplastia para nariz), mas é puramente estética e tem riscos.

Por que nos idosos parecem gigantes

O rosto afina, perde volume, fica enrugado e “encolhe”. As orelhas e o nariz, que continuam a ceder, destacam-se ainda mais. É esse contraste que faz toda a gente reparar nos “abanicos” dos avós. Não tem drama nenhum, é só o corpo a lembrar que o tempo chega a todos os cantos. Já comparaste as tuas orelhas com fotos antigas? Ou reparaste que os teus avós têm orelhas enormes? Conta nos comentários quem já notou esta mudança — queremos saber se já começaste a ver o processo acontecer contigo!

Autor

Sou jornalista e adoro transformar pequenas descobertas do dia a dia em artigos práticos e inspiradores. Viajar, cuidar do jardim e experimentar novas ideias para a casa são as minhas maiores paixões. Neste blog partilho truques, conselhos e curiosidades que ajudam a viver de forma mais simples, organizada e feliz.

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