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Mitsubishi: o pior carro japonês que deves evitar a todo o custo (e por que a reputação caiu tanto)

Mitsubishi: o pior carro japonês que deves evitar a todo o custo (e por que a reputação caiu tanto)

De ícone de ralis a marca que ninguém quer – a queda brutal da Mitsubishi. Quando falamos de carros japoneses, pensamos logo em Toyota, Honda, Subaru ou Mazda: marcas que duram uma vida inteira, mantêm valor e raramente deixam alguém na estrada. Mas há uma marca japonesa que já foi grande e hoje é considerada a pior do grupo: Mitsubishi. Especialistas internacionais, mecânicos com décadas de experiência e análises de mercado são unânimes: é o nome que mais se deve evitar no mercado de usados e até nos novos. Escândalos graves, qualidade em queda, depreciação brutal e falta de inovação transformaram o que era uma marca respeitada num risco gigante. Se estás a pensar em comprar um Mitsubishi, para – vais agradecer mais tarde agradecer.

A glória antiga que já ninguém lembra

Nos anos 80 e 90, a Mitsubishi era sinónimo de aventura e tecnologia. O Pajero dominava o Paris-Dakar doze vezes seguidas, o Lancer Evolution era ídolo dos fãs de performance e a marca tinha imagem de inovadora. Lançou até o primeiro elétrico de produção em massa, o i-MiEV, em 2009. Parecia que nada a parava.

Mitsubishi: o pior carro japonês que deves evitar a todo o custo (e por que a reputação caiu tanto)

A crise financeira e as decisões fatais

A partir dos anos 2000 tudo desmoronou. A empresa entrou em crise financeira profunda e, para sobreviver, começou a oferecer financiamentos sem entrada, prazos longos e campanhas agressivas para clientes de crédito baixo. Resultado: a imagem passou a ser “carro para quem não tem dinheiro para melhor” e a depreciação tornou-se uma das piores do mercado.

Os escândalos que enterraram a confiança

Em 2000, a Mitsubishi admitiu esconder defeitos graves de segurança em milhões de carros durante décadas. Em 2015, foi apanhada a falsificar testes de consumo e emissões, especialmente nos diesel. Multas, recalls gigantes e perda de confiança total. A bolsa caiu 40 % num único dia. Estes não foram casos isolados – foram sintomas de uma empresa que cortou em qualidade para sobreviver.

Problemas reais que custam caro

As caixas CVT avariam antes dos 100 mil km e a substituição ronda os 2500–3500 euros. Motores diesel têm problemas crónicos de injetores, turbo e filtro de partículas. A eletrónica é instável, os plásticos interiores envelhecem mal, os bancos racham e a assistência técnica é fraca em muitos sítios. Um Outlander de 2018 perde 60–70 % do valor em cinco anos, enquanto um Toyota RAV4 ou Honda CR-V mantém 70–80 %. É dinheiro perdido.

Mitsubishi: o pior carro japonês que deves evitar a todo o custo (e por que a reputação caiu tanto)

A compra pela Nissan que piorou tudo

Em 2016, a Nissan comprou 34 % da Mitsubishi para a salvar, mas a Nissan também estava em crise profunda, com escândalos de corrupção e má gestão. Em vez de fortalecer, a fusão diluiu ainda mais a identidade. Hoje a gama é pequena, os modelos parecem datados, os interiores são baratos e não há elétricos ou híbridos competitivos. O Eclipse Cross e o ASX são criticados por serem carros “sem alma” comparados com Mazda CX-5 ou Subaru Forester.

O veredito final: passa longe

A Mitsubishi caiu de gigante para sombra do que foi. Pode parecer barata na compra, mas os custos a longo prazo, a depreciação e os riscos fazem dela um dos piores investimentos que podes fazer num carro japonês. Se queres fiabilidade real, fica-te pela Toyota, Honda, Mazda ou Subaru – vais dormir muito mais tranquilo. Tens ou tiveste um Mitsubishi? Conta a tua experiência nos comentários – boa ou má, queremos saber a verdade!

Catarina

Catarina

Sou jornalista especializada em ciência e tecnologia, com foco em inovações digitais, internet das coisas e tendências do mundo IT. Acompanho de perto a forma como a tecnologia transforma o nosso quotidiano — desde novas descobertas científicas até soluções práticas que já fazem parte da nossa rotina. Nesta rubrica partilho notícias, análises e reflexões que unem rigor jornalístico e uma linguagem acessível, ajudando a compreender o presente e a preparar-se para o futuro.

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