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Usuário Rodou Cyberpunk 2077 em Supercomputador NVIDIA de 4000 Euros: O Resultado

Usuário Rodou Cyberpunk 2077 em Supercomputador NVIDIA de 4000 Euros: O Resultado

Um entusiasta do Reddit, conhecido como Retrotom, realizou um experimento curioso ao executar Cyberpunk 2077 em um supercomputador compacto NVIDIA DGX Spark, projetado para inteligência artificial, não para jogos. Avaliado em cerca de 4000 euros, o dispositivo opera com arquitetura ARM e Linux, exigindo emulação para rodar jogos x86. O resultado impressionou: 44-50 FPS em 1080p com configurações médias, jogável, mas aquém do esperado para um hardware tão caro. Usando o emulador Box64, o teste revelou o potencial e as limitações do Spark para gaming. Saiba como foi feito, as especificações técnicas e por que esse experimento é mais divertido do que prático.

O Desafio de Jogar em Hardware de IA

O DGX Spark é um mini-supercomputador voltado para IA, equipado com o superchip GB10, que combina um processador ARM de 20 núcleos e uma GPU Blackwell com 6144 núcleos CUDA, semelhante à RTX 5070 em contagem. Contudo, suas especificações para jogos são limitadas: 128 GB de memória LPDDR5X com largura de banda de 273 GB/s, contra 12 GB GDDR7 a 672 GB/s da RTX 5070. Sua fonte de 240 W também restringe a performance gráfica, inferior aos 250 W da 5070. Sem drivers otimizados para jogos, o usuário configurou o emulador Box64 v0.3.8 com suporte Box32, instalou o Steam via script personalizado e conseguiu rodar Cyberpunk 2077.

O jogo funcionou sem travamentos, alcançando 44-50 FPS em 1080p com configurações médias, bem abaixo dos 72 FPS que uma RTX 5070 entrega no mesmo cenário com ray tracing no preset RT Ultra. Sem suporte ao DLSS, essencial para jogos modernos, o FSR (baseado em shaders) garantiu estabilidade. O PCIe Gen1 x16, inferior ao Gen4, limitou ainda mais o desempenho, mas a emulação x86 para ARM foi eficiente o suficiente para manter o jogo funcional.

Usuário Rodou Cyberpunk 2077 em Supercomputador NVIDIA de 4000 Euros: O Resultado

Especificações do DGX Spark

  • SoC: GB10, 20 núcleos ARM + GPU Blackwell com 6144 CUDA cores.
  • Memória: 128 GB LPDDR5X unificada, 273 GB/s de largura de banda.
  • Armazenamento: 4 TB SSD NVMe.
  • Energia: PSU de 240 W, conexão PCIe Gen1 x16.
  • Sistema Operacional: Linux (baseado em Ubuntu).
  • Desempenho IA: 31 TFLOPS FP32, 1000 TOPS NVFP4.

Projetado para machine learning, o Spark é poderoso para IA, mas suas limitações energéticas e de largura de banda prejudicam o desempenho em jogos.

Desempenho em Cyberpunk 2077

Em 1080p com configurações médias, o DGX Spark manteve 44-50 FPS estáveis, mas sem ray tracing ou DLSS. Comparado à RTX 5070, que atinge 72 FPS com ray tracing, o desempenho foi modesto. A emulação Box64 adicionou overhead, mas funcionou bem, e o FSR ajudou a suavizar a experiência. O usuário classificou o resultado como “engraçado, mas inútil”, destacando que o custo de 4000 euros não justifica o uso do Spark para jogos.

Testes com Emulação de Consoles

Além de Cyberpunk, o DGX Spark rodou emuladores de consoles antigos. Com RPCS3 (PS3) e Xemu (Xbox 360), jogos como Skate 3 e Forza Horizon atingiram 30 FPS estáveis, aproveitando a CPU ARM e drivers Vulkan. Esses testes mostram a versatilidade do hardware, mas reforçam que sua vocação é IA, não gaming, já que jogos mais leves de consoles antigos exigem menos do GPU.

Usuário Rodou Cyberpunk 2077 em Supercomputador NVIDIA de 4000 Euros: O Resultado

Por Que Não Comprar para Jogos

Por 4000 euros, o DGX Spark entrega desempenho jogável em Cyberpunk, mas perde feio para PCs gamers com RTX 5070, que oferecem mais FPS, ray tracing e DLSS por menos custo. A emulação x86 e a falta de drivers otimizados tornam o Spark inviável para jogos sérios. Ele é ideal para desenvolvedores de IA que queiram testar jogos casualmente, mas não para gamers dedicados. Um PC com RTX 5060 ou 5070, ou a futura série SUPER em 2026, são opções mais sensatas para gaming.

Esse experimento prova que hardware de IA pode rodar jogos via emulação, mas com claras limitações. Para gamers, o custo-benefício do Spark é baixo. Você tentaria rodar Cyberpunk em um supercomputador de IA? Compartilhe suas ideias sobre esse teste inusitado e o futuro do gaming em hardware não convencional.

Catarina

Catarina

Sou jornalista especializada em ciência e tecnologia, com foco em inovações digitais, internet das coisas e tendências do mundo IT. Acompanho de perto a forma como a tecnologia transforma o nosso quotidiano — desde novas descobertas científicas até soluções práticas que já fazem parte da nossa rotina. Nesta rubrica partilho notícias, análises e reflexões que unem rigor jornalístico e uma linguagem acessível, ajudando a compreender o presente e a preparar-se para o futuro.

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