À primeira vista, parece uma flor delicada, perfeita para dar um toque de cor a qualquer canto da casa. No entanto, segundo o Feng Shui, esta planta que atrai má sorte é tudo menos inofensiva. Embora muitos portugueses a mantenham nas suas salas ou varandas, esta flor pode alterar o equilíbrio energético do lar e atrair sentimentos de solidão e desconexão. As plantas são elementos vivos que influenciam diretamente a energia dos espaços. Além de decorarem, purificam o ar, equilibram o ambiente e trazem uma sensação de frescura e harmonia. No entanto, nem todas as espécies têm o mesmo efeito. Algumas, apesar da sua beleza, podem bloquear o fluxo energético e interferir com o bem-estar das pessoas que vivem na casa. É o caso da hortênsia, uma das flores mais apreciadas, mas também uma das mais controversas dentro das práticas do Feng Shui.
A hortênsia: a planta bonita que pode atrair má sorte
A hortênsia é uma planta visualmente encantadora, com flores abundantes em tons de azul, rosa ou branco. Decora jardins, celebrações e até ramos de noiva, mas a sua energia simbólica é diferente do que aparenta. De acordo com o Feng Shui, esta planta está associada à introspeção, à melancolia e ao afastamento emocional. Acredita-se que a sua presença dentro de casa possa favorecer o isolamento, provocar uma sensação de vazio e gerar distanciamento entre as pessoas. Apesar de ser uma das plantas mais vendidas em Portugal, o Feng Shui considera que a hortênsia deve permanecer sempre no exterior. O motivo é simples: dentro de casa, a energia que emite é densa e introspectiva, o que pode interferir com o ambiente emocional da família. No jardim, contudo, simboliza paz, gratidão e contemplação. Assim, em vez de eliminar a planta, o ideal é apenas mudar o seu local. No terraço, na varanda ou junto a uma janela virada para o exterior, a hortênsia mantém o seu encanto sem perturbar o equilíbrio do lar.
O que o Feng Shui diz sobre a energia das plantas
O Feng Shui é uma filosofia ancestral chinesa que busca harmonizar o fluxo de energia vital, conhecido como Chi, em cada espaço. Segundo esta prática, tudo o que existe num ambiente — móveis, cores, formas e plantas — tem um impacto direto no equilíbrio energético. Quando o Chi flui livremente, a sensação é de leveza e bem-estar. Quando há bloqueios, surgem tensões, fadiga e desmotivação. No caso das plantas, a escolha e a localização são fundamentais. O Feng Shui considera que algumas espécies trazem energia expansiva e positiva, enquanto outras carregam uma vibração introspectiva que, se colocada no local errado, pode afetar o estado emocional de quem vive na casa. A hortênsia, pela sua natureza simbólica ligada à solidão, é vista como um elemento de energia passiva. Por isso, deve ficar ao ar livre, onde essa energia se liberta de forma equilibrada, em harmonia com os ciclos da natureza. Esta filosofia recorda-nos que cada detalhe de um espaço influencia o que sentimos. Cores, luz, organização e até o tipo de plantas escolhidas moldam o ambiente e o nosso humor. Um lar com boa energia é um lugar onde o Chi circula sem obstáculos, e onde tudo — até as flores — contribui para o bem-estar.
Plantas que atraem boas energias e protegem o lar
Para quem deseja substituir a hortênsia por espécies mais harmoniosas, o Feng Shui recomenda várias alternativas. O bambu da sorte simboliza crescimento e prosperidade; o lírio-da-paz promove serenidade e purificação; a espada-de-são-jorge atua como escudo contra más vibrações; e o jasmim incentiva o amor e a harmonia entre as pessoas. Todas estas plantas reforçam o equilíbrio do lar e ajudam a criar um ambiente mais leve e acolhedor. Pequenas mudanças, como escolher uma planta diferente ou ajustar o local onde está colocada, podem transformar completamente a energia de uma casa. A natureza tem um poder silencioso, capaz de influenciar o nosso estado interior sem que nos demos conta. Escutar o que cada planta transmite é uma forma de cuidar do espaço e de nós próprios. Às vezes, basta mover um vaso para restaurar a harmonia que faltava.
