Starfield: Uma Boa Jogo, Mas o Espaço é Entediante, Diz Designer da Bethesda

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Starfield, lançado pela Bethesda, gerou debates intensos desde sua estreia em 2023. Um dos principais designers da empresa reconheceu que, embora seja uma boa jogo, não alcança o mesmo impacto de The Elder Scrolls ou Fallout. Em um podcast, ele apontou a geração procedural e a própria natureza do espaço como fatores que limitaram a experiência. Vamos explorar por que Starfield não atingiu o nível de seus antecessores, os desafios da ambientação cósmica e como expectativas moldaram a recepção do jogo, com base nas reflexões do desenvolvedor.

Starfield: Uma Boa Jogo, Mas o Espaço é Entediante, Diz Designer da Bethesda

Por que Starfield Não É um Novo Skyrim ou Fallout

Starfield é um RPG de exploração espacial com gráficos impressionantes e uma narrativa ambiciosa, mas não conquistou o mesmo status lendário de Skyrim ou Fallout 4. O designer destacou que a geração procedural, usada para criar milhares de planetas, foi um obstáculo. Embora tecnicamente impressionante, muitos planetas parecem vazios, com paisagens repetitivas e pouca interação significativa. “O espaço, por sua natureza, é uma vastidão vazia”, disse ele, explicando que viagens interplanetárias podem carecer de emoção, diferentemente dos mundos densos e orgânicos de Tamriel ou do pós-apocalipse de Fallout.

Outro ponto é a falta de diversidade de inimigos. Enquanto Skyrim tem dragões e Fallout apresenta mutantes icônicos, Starfield depende majoritariamente de oponentes humanos, como piratas ou mercenários. Criaturas alienígenas existem, mas funcionam mais como “fauna de fundo”, semelhantes aos lobos de Skyrim, sem integração profunda na história. Isso reduz o senso de maravilha que os fãs esperam de um universo sci-fi. Em 2025, análises apontam que 60% dos jogadores criticam a repetitividade das missões secundárias e a falta de vida em muitos planetas.

Expectativas Elevadas e Recepção Mista

O designer acredita que as expectativas infladas prejudicaram Starfield. Como uma nova IP da Bethesda, a primeira em 25 anos, os fãs esperavam uma revolução no gênero RPG, comparável a Skyrim ou Fallout. No entanto, a promessa de explorar “mil planetas” criou uma antecipação que a geração procedural não conseguiu cumprir. Se Starfield fosse de outra desenvolvedora, a recepção poderia ser mais positiva, já que a qualidade técnica é inegável: gráficos de ponta, trilha sonora envolvente e sistemas robustos de personalização de naves e personagens. Em fóruns, 70% dos jogadores elogiam a construção de mundo, mas 50% sentem falta de narrativa envolvente.

Starfield: Uma Boa Jogo, Mas o Espaço é Entediante, Diz Designer da Bethesda

Desafios do Espaço como Ambientação

O espaço, apesar de fascinante, é um desafio narrativo. Diferente dos mundos terrestres de Elder Scrolls, com cidades vibrantes e NPCs carismáticos, o vácuo espacial é inerentemente solitário. Viagens entre planetas, mesmo com visuais estelares, podem parecer monótonas sem eventos dinâmicos. O designer, fã de astronomia, reconhece que tentou injetar precisão científica, mas o vazio cósmico limita o impacto emocional. A ausência de inimigos alienígenas memoráveis, como os geth de Mass Effect, também reduz a imersão. Atualizações em 2025, como o DLC Shattered Space, tentam corrigir isso com novas histórias, mas a base procedural permanece um obstáculo.

O Futuro de Starfield

Apesar das críticas, o designer se orgulha do trabalho da equipe. Starfield é um marco técnico, com 20 milhões de jogadores até 2025, segundo dados da Bethesda. A empresa continua lançando atualizações, como veículos terrestres e novas missões, para enriquecer a experiência. Comparado a Fallout 76, que se recuperou após um lançamento conturbado, Starfield tem potencial para evoluir com expansões. A comunidade sugere mais vida em planetas e inimigos únicos, o que pode elevar o jogo.

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Sou jornalista especializada em ciência e tecnologia, com foco em inovações digitais, internet das coisas e tendências do mundo IT. Acompanho de perto a forma como a tecnologia transforma o nosso quotidiano — desde novas descobertas científicas até soluções práticas que já fazem parte da nossa rotina. Nesta rubrica partilho notícias, análises e reflexões que unem rigor jornalístico e uma linguagem acessível, ajudando a compreender o presente e a preparar-se para o futuro.
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